sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Cem

Despejam, de fato, num ato, sua dor

A dor que corrompe todos os pecados

Dos pés descalços de pudor

Os olhos no chão da complacência

E o silêncio grita!


Respiram um toquinho de aquarela

Pra dar vida a sua cor


Vida sem vida

De fome, sem nome, sem rastro,

Sem direção e só a dor... aquela.



segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Tudo para o alarme não tocar


Alterações programadas no nível de um hormônio estão por trás da incrível capacidade de acordar segundos antes do despertador


Quem tem o hábito de sempre acordar à mesma hora com um despertador já deve ter notado que muitas vezes acorda espontaneamente uns poucos minutos antes do desagradável escândalo matutino do aparelho, justamente a tempo de evitá-lo. E, quando há uma ocasião especial e nenhum despertador por perto, muitas pessoas conseguem se programar para acordar a hora certa. Como se houvesse um reloginho interno que funciona enquanto estamos dormindo.

Um estudo muito simpático, feito em Lubeck, na Alemanha, mostra que a capacidade de antecipar durante o sono o momento de acordar pode estar ligada à liberação no sangue, com hora marcada, de um hormônio. Jan Born e seus colegas sabiam que dois hormônios produzidos em situação de estresse, a adrenocorticotropina e o cortisol, são normalmente liberados em grandes quantidades no sangue no momento em que acordamos de maneira espontânea. Se o aumento do nível desses hormônios no sangue fazem parte dos mecanismos que marcam o fim do sono todas as manhãs, talvez ele também possa acontecer com hora marcada. Nesse caso, para ligar o “despertador interno”, bastaria programar a liberação no sangue desses hormônios para a hora desejada! Para determinar se é isso o que acontece no despertar programado, Born pediu a voluntários para dormir no laboratório, e avisou-os de que eles seriam acordados a uma certa hora da manhã. Enquanto eles dormiam, eram colhidas amostras de sangue a cada 15 minutos para a análise do nível dos dois hormônios no sangue. Os pesquisadores descobriram que, quando os voluntários esperavam ser acordados às 6h, o nível de adrenocorticotropina no sangue de fato começava a subir uma hora antes, às 5h, como que já preparando o corpo para despertar na hora prevista. Em comparação, quando os mesmos voluntários esperavam pela chamada somente às 9h, mas eram acordados de surpresa às 6h, o nível da adrenocorticotropina no sangue ainda não havia subido. Curiosamente, o nível de cortisol não mudou em nada no sangue com a expectativa de acordar no horário marcado.

Como o aumento da adrenocorticotropina no sangue parece facilitar o despertar espontâneo, talvez seja o aumen mo, nem bem sono nem bem vigília, virando a cama com os olhos entreabertos, pensando se to programado desse hormônio uma hora antes do despertar que nos permita ganhar a corrida contra o despertador. Até faz sentido esse “hormônio-despertador” ser normalmente um hormônio de estresse. É só lembrar da ansiedade que dá naqueles momentos de meio ter já não estará a hora de acordar.

E quem programa a liberação da adrenocorticotropina no sangue? Certamente o cérebro, que além de controlar o sono, também tem um reloginho embutido que não pára de bater, ajustando nossos horários ao dia do lado de fora. Se você pensa que o trabalho do cérebro não têm nada a ver com os hormônios, pense duas vezes: os dois se entendem até enquanto dormimos!

Suzana Herculano-Houzel, O cérebro nosso de cada dia- Descobertas da neurociência sobre a vida cotidiana. Rio de Janeiro: Viera e Lent, p. 90-91, 2002

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Conto Gramatical Erótico



Eu acho que as pessoas sempre têm que estar sujeitas a mudanças e procurar captar o inefável, o incomensurável e o oculto, talvez, o esquecido na sociedade, para transmitir às pessoas um pensamento diferente e chegar aos maiores anseios do homem primário, promovendo uma grande revolução ideológica.

Esse é um texto interessante e como eu estou altamente sem tempo (notou que toda vez que venho postar algo aqui, sempre repito a mesma retórica – fato) irei compartilhar algo que comigo já foi compartilhado num exercício de análise de texto:

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém pra ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.

Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo pra ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando do seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar em transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula: ele não perdeu o ritmo e sugeriu um longo ditongo oral, e quem sabe, talvez, uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.

É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva. Ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo seu predicativo do objeto, ia tomando conta dela inteira. Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.

Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente! Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.

Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao se tritongo, propondo claramente uma mesóclise-à-tróis. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

(Autor desconhecido)

Um conto muito curto, por sinal.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Força no depoimento

Meniine que eu achei esse acontecimento arquivado aqui no meu computador. Assim que aconteceu devo ter digitado ele aqui... bom, é bem interessante.

Seguinte, não lembro direito a época que aconteceu, só sei que eu estava muito muito triste e nesse dia, estava esvaziando minha cabeça no calçadão lá pelas bandas de Setúbal. Estava sentada, olhando para o mar, para as pessoas que passavam caminhando, correndo, pedalando ou dirigindo, quando veio uma mulher, já era uma senhora, mas daquelas senhoras que as pessoas chamam de "coroas enxutas", sabe? Bem, rímel, lápis de olho, sombra, batom cor de vinho, chapéu, lenço sob ele, roupas confortáveis, tênis, meia e um i-pod. Ela parou ao meu lado, sentou, olhou para mim, olhou para o mar e disse:

-Me desculpe, com licença, você está chorando? (pausa - respondi) Menina tão jovem e bonita... Não chore, seja qual for o motivo, um dia cura o outro, não chore. Eu já chorei muito, pensei que não ia estar aqui hoje. Sei muito bem o que é sofrer e chorar muito. Estava pra ter um filho, quando perdi meu marido e perdi dezessete anos de minha vida... fiquei tetraplégica. Chorei, chorei muito. Mas hoje estou aqui, hoje voltei a minha vida normal, depois de dezessete anos, depois de muita força de vontade e de muita ajuda, e tento não ficar triste. Que idade você tem?”
Eu: - 17.
Ela: - nossa! Muito jovem ainda, muito jovem pra deixar tantas lágrimas caírem assim... eu queria ter a sua idade com a cabeça que tenho hoje. Você vai passar por tanta coisa ainda. Seja qual for o motivo, se for por alguém, essa pessoa não é digna de tantas lágrimas, principalmente de uma menina tão bonita. Como é seu nome?
Eu: - Laryssa.
Ela: - Laryssa... não se preocupe, amanha é um novo dia, viva! E viva feliz, não perca tempo com lágrimas, tente não chorar mais. Pense nas pessoas que tem um motivo maior do que você pra chorar, como as que estão num hospital, por exemplo, e tente ficar bem! Viu?

Agradeci e ela foi embora, com um sorriso no rosto. Levantei e comecei a andar, andar e andar. Às vezes se pode pensar que ela inventou aquela história, ás vezes é bem difícil acreditar em estranhos, mas eu penso que não... ela falava com tanta veracidade e emoção nos olhos. Sinto que era verdadeira. Bem não sei o paradeiro do bebê, ela não me disse e eu estava perplexa demais pra perguntar... enfim, assim como muitos, um exemplo de vida. Tá que essa história parece àqueles depoimentos que tinha em “Viver a Vida”... mas enfim, enfim, achei interessante postar isso aqui e comover algumas pessoas que se deixarão comover, assim como eu me comovi.

Ps.: êêê! Amanha é o dia em que mesmo quem não é fã de futebol, é atingido indiretamente pela população e o dia em que todo o Brasil PARA ás 15h30min e durante noventa minutos (sem acréscimo em nada) vibra, grita, chora, reza, ajoelha, ri, xinga, fica bravo e torce, torce bem mais do que muito, pelo nosso Brasil. Uhu.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Aff.

Puts, confesso que ultimamente eu to muuuito ocupada e não to com tempo pra postar coisas legais... mas pra atualizar o post aqui e já que eu arrumei um tempinho de nada, irei postar um acontecimento de um dia comum. Enfiim, quinta-feira passada quando eu sai da minha aula e estava indo em direção da parada de ônibus, um cara muito suspeito e que só podia estar drogado, veio em minha direção e fez:

- ei menina, me dê seus trocados ae!!!
Eu: - não tenho.
Ele: - tem sim! Me dê doido! *autoritário*

Não respondi e continuei andando, só que ele continuou olhando e me seguindo e começou a mexer na bolsa fudida que ele tinha. Daí eu comecei a andar mais rápido e retornei pro sentido contrario, ou seja, voltei pro Sesc e entrei lá com cara de espanto! Só que o segurança tava dormindo, as pessoas que eu conhecia estavam na aula e eu não ia atrapalhar alguém pedindo pra me levar na parada. Até que, um rapaz passa por mim com uma mochila e um fone de ouvido, andando meio que rápido... então, pensei: "ele deve ta indo embora, minha chance!" não deu outra, corri, cutuquei ele no ombro e falei:

- ei, tu ta indo pra parada?
Ele: - to sim, quer que eu te acompanhe?
Eu: - aham!

Quando a gente saiu do Sesc, tava lá o cara dos trocados, esperando... bom, não sei se o carinha que tava me acompanhando intimidou ele, só sei que ele não pediu mais! Andamos e andamos, eu cheguei na parada de ônibus e o cara gentil (que agora não lembro o nome) seguiu seu destino. Como eu ia pra casa da minha tia, eu tive que esperar um ônibus que demora pra caramba e eu não tava afim de pegar dois! Toda vez alguém espera o ônibus comigo, mas dessa vez eu tava só... um tempinho depois, eu começo a perceber que todo mundo que tava ali esperando, pegava seu ônibus... menos um senhor que tava encostado na parede. Pensei até que ele estivesse esperando o mesmo ônibus que eu, mas depois vi que ele não estava muito ligado nos ônibus que passavam! Depois do cara dos trocados, só pude pensar que ele queria me assaltar e estava me "estudando" (puts, o mundo nos deixa neurótica) continuei fingindo que não tava vendo nada, ele também não fazia outra coisa a não ser olhar pra mim... devia estar no auge dos seus 75 anos e na fase da procura de um Viagra mais forte. Enfim, meu ônibus chegou e ele não se manifestou, penso até que ele poderia ate estar me achando parecida com alguma filha desaparecida ou neta rabujenta que ele teve, ou então ser um velho normal encostado na parede olhando pra uma menina qualquer, tanto faz!
Certo, entro no ônibus. Passo pelo cobrador e quando olho pras pessoas, sabe aquelas suas amiguinhas do jardim de infância que faz uns 122234554200004100 de anos que você não vê e que consequentemente não tem aqueeela intimidade de chegar e perguntar da avó, porque você não sabe se a velhinha já morreu ou de perguntar cadê o paquerinha, namorado ou ficante, porque você não sabe se ela é uma pessoa depressiva por ser ‘encalhada’ e tal? Pronto, duas estavam lá... sentadas e com cara de cu. Eu até lembro o nome delas, acho que uma por ser fácil demais e outra por ser difícil demais, enfim, sentei e fiquei na minha. Tá, faz muito tempo que eu não falo com elas, mas eu tava num dia que, apesar de tudo, não tava muito afim de papo e muito menos de ficar naquela de:

- Olá! :D:D:D
-olá. (:
-tudo bom ctg menina?
-tudo e com você?
-também. (:
-quanto tempo né?
-pois é...

E depois vir o assunto de vestibular e blá blá blá.
Então, preferi ficar ouvindo minha música e pensando nos meus problemas. O engraçado foi o clima de "te conheço de algum lugar" que ficou e ainda sim nenhuma falou com a outra. Tsc tsc tsc

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Entomologia.

Puts, eu amo biologia, mas o que leva uma pessoa a optar pelo estudo dos insetos??? Realmente essas coisas são bem relativas, porque todos os dias alguém pode pensar também: "aff, não entendo como essas pessoas gostam de tocar em sangue, suturar e fazer cirurgias.. eca, eca, eca! Só de pensar me dá arrepios...". Enfim, definitivamente, tem gosto pra tudo! Gosto é gosto e opiniões são opiniões, só nos resta respeitá-las, logo, respeito e admiro muito quem adora insetos, mas é só! Os entomologistas e seus insetos pra lá e eu pra cá, bem longe, hehe. Tá, admito não odiar toooodos os insetos, até acho alguns bonitinhos. Mas não sou de dar muita atenção e de criar intimidade com eles, haha, sempre tenho o "pé atrás". Até se eu quisesse viver por muitas gerações, não queria ser um inseto, mesmo achando que eles são os mais indicados a sobreviventes, se o mundo "acabasse" e olhe que eles são velhinhos... puts, enquanto o homem existe a mais ou menos um milhão de anos, os insetos existem a mais ou menos TREZENTOS milhões de anos! Digaê, é.. acho que ta certo. Eu tenho algumas experiências com insetos, eca. Uma vez, me deram um potinho tampado e quando abri, cheeeio de formiga! Beleza, formiguinhas ok, agora entra numa piscina cheia delas pra tu ver se não é agoniante. ¬¬ Gosto dessas brincadeiras não, digo logo. Meu coração fica acelerado demaais, eu fico logo nervosa, aff...

Humm, odeio um inseto em particular, um que considero asqueroso, completamente nojento e que infelizmente não consigo deixar de imaginar seus três pares de patas, suas duas antenas e sua casca dura, em todos os tamanhos e formas possíveis (me acho um pouco maluca por isso) e mesmo que todos tentem me fazer aceitar o contrario, ainda acho que elas não são nada de inofensivas e são muito espertas e maliciosas, principalmente quando ficam paradas, mexendo suas antenas e captando todo cheiro e tudo o que puderem... agh! Só de escutar o nome, me considero com uma imaginação fértil, afinal, baratas são baratas.

Eu já tentei obter algum contato com elas, não que eu esperasse alguma resposta, não! Resposta não, mas talvez uma reação, sim. Além de ficar nervosa e tentar subir em alguma coisa que não me deixe tocar no chão, eu costumava falar com elas... suplicava que elas fossem embora, mas essa tentativa sempre falhava. Até que um dia, eu descobri que a freqüência com que nosso som é transmitido é bem diferente do que os insetos escutam. Logo, essa coisinha, nunca me ouviu... daí a única solução é realmente subir em alguma coisa e correr, quando as filhas da mãe tem asas! Ai as pessoas dizem: "mata ela ué, tão simples." Como é? Simples? Ah vai se ferrar, simples pra você! Só de imaginar o "creck" da sua carapaçazinha sendo quebrada, me dá arrepios. É, nunca matei uma barata se quer, nem as filhotes... qual foi? Não sou obrigada a matar e muito menos sou fresca, só tenho medo dela! >< respeite.

Acho que isso tudo é meio que um trauma, lembro muito bem... na sexta série, quando as boates eram chamadas de discoteca, eu estava numa festa de um coleguinha de turma, todo mundo pirralho metido a gente grande, uns dançando ali, outros perdendo seu "bv" aculá (ah, vale salientar que se deu um selinho, tava namorando... tempos inocentes esses... ) e eu encostada numa pilastre conversando com uma amiga, em meio a gelo seco e muitas luzes nervosas... daí eu sinto que alguma coisa por dentro da minha calça estava tentando se mexer, foi quando olhei pra dentro daquela parte que se coloca o cinto e ela estava lá! Uma inxirida barata nojenta! Ela estava mais ou menos perto do meu ílio, não sei outro nome pra o lugar, mas sei que foi mais ou menos perto daquele osso que sustenta seu quadril, não sei explicar, o fato é que ela estava lá!!! Não deu outra, gritei, minha amiga tirou ela de lá e na mesma hora corri pro banheiro e me desenfectei... tsc tsc tsc
Eu poderia ser uma pessoa felizmente resolvida com os insetos, mas eles insistem em me perseguir!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Helianthus annuus

Booooooooooom, hoje estou inspirada com a natureza e como esse é o primeiro post, vamos relacionar algumas coisas aqui...

É, as flores me chamam muita atenção, elas são incrivelmente interessantes e observando-as eu percebo que elas transmitem algo diferente... não, não sou louca! Apenas tiro uns minutinhos do meu vago tempo para diferenciá-las em seus aspectos e relacioná-las com as diversas cores de uma imensa aquarela. Imagino que todas as garotas fiquem fascinadas, surpreendidas e bem felizes ao receber um buquê de rosas, até mesmo quando recebem do seu “amigo apaixonado” ou de um “admirador”... ah vai dizer! Na verdade, acho que não precisa ser um buquê imenso, uma única flor de papel, de verdade ou até mesmo desenhada, dada de coração por uma pessoa especial, é a combinação perfeita. Tulipas, jasmins, narcisos, orquídeas, lírios e cravos... todos têm sua preferência, mas ainda sim optam pela mais clássica, talvez por expressar admiração, caridade, desejo e principalmente paixão... ah, todas as mulheres gostam de receber rosas vermelhas! Maaaaaaaaaaaas, confesso que eu tenho uma grande queda pelas chamadas “flores do sol” e com certeza trocaria o vermelho intenso das famosas, pelo amarelo radiante dos meus girassóis.


Eles me cativam por serem robustos e fortes, produzindo flores no verão e na primavera, para nos contemplar todo o ano e me deixar mais fascinada ao exibir seu brilho, sempre voltando-se para o sol. E vamo combinar né, das sementes, por exemplo, dá pra fazer o óleo de girassol, ser usada como biodiesel, como comida de pássaros e enfim... dele nada se perde. Eu já plantei girassóis no meu pseudo-jardim, mas eles passaram poucas tardes olhando pro sol, foi doloroso... acho que eu tenho uma grande parcela de culpa nisso! Eu os regava direitinho e até chegava a conversar com eles, mas o solo não foi preparado corretamente e eu cometi a burrice de colocá-los em um lugar não recomendado, na verdade, eles não ficavam todos os dias, pelo menos quatro horas em contato “direto” com o sol... logo, não aguentaram e eu deixei de ver sua incrível beleza, mas tudo bem, isso não me impediu de preferi-los! hehe


Ah, e acho bem interessante seu nome científico, por isso, um Helianthus annuus pra você. :*